quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010 !!!

Mas...
apesar das festas de R$ 3 milhões em Floripa (que não funcionaram), das meias e cuecas fétidas e manchadas pelas tintas dos dinheiros públicos - e privados ?!? - , do caos no trânsito paulistano, das enchentes assassinas, das balas perdidas, da depredação da estátua do Drummond em Copacabana, da falta de hospitais públicos, do MST, das decisões e indecisões daqueles tem o poder e o dever de decidir, da "magia negra" do baiano que enfiou agulhas no corpo de uma criança, da "política externa" brasileira, do APAGÃO que o ministro Lobão ainda não conseguiu explicar...

a todos um FELIZ 2010 !

Porque o Brasil ainda é MAIOR que toda a corja somada e multiplicada.

Polícia pra Floripa

Em Florianópolis, uma das cidades mais bonitas deste país, a prefeitura anunciou a contratação de Andrea Bocelli para a festa de fim de ano, pela bagatela de US$ 800 mil. O jornal Diário Catarinense descobriu que em contrato este valor era de US$ 200 mil. O show foi cancelado.

Essa mesma prefeitura que programou o Natal dos Sonhos (só não especificou "de quem") gastou mais de R$ 3 milhões (isso mesmo TRÊS MILHÕES) na montagem de uma árvore da Natal gigante, cujas luzes não funcionaram como deveriam...

O MP já analisa o "causo".

Mas isto ainda não é tudo.

Assim como as balas perdidas no Rio de Janeiro e as enchentes em São Paulo, TODO ANO falta água no Norte da Ilha (Floripa), onde fica a grande concentração de turistas endinheirados que podem pagar ate´ R$ 10 mil a diária de um resort...

Pois o presidente da CASAN , a companhia de água do estado catarinense, foi à TV e deu o seguinte recado: "Está faltando água no Norte da Ilha porque o aumento de turistas nos surpreendeu. E não há o que fazer. Minha sugestão é que os turistas se dirijam, todos, para a avenida Beira Mar, na festa, assim ´desafogam´as praias e pode faltar menos água nos bairros do norte"...

CHAME A POLÍCIA !!!

domingo, 20 de dezembro de 2009

A ´glamourização´ das favelas nega a atitude sustentável

O Brasil é uma das 10 maiores potências econômicas do planeta faz algum tempo. Ora em oitavo, ora em nono lugar, o fato é que está sempre no topo da lista. Há quem afirme que o país subirá ainda mais alguns degraus nesse ranking. Nos próximos 40 anos deveremos ser a quinta maior potência econômica mundial. E já há economista apostando no 3° lugar, atrás apenas de China e Estados Unidos (nesta ordem).

Líder continental, o país, entretanto (esse ´entretanto´ é sempre o que mais nos atrapalha), carece de status político. Na Roma Antiga já se dizia que “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. Traduzindo: se não houver reconhecimento explícito, a vontade apenas não basta.

Com uma economia razoavelmente estruturada, território generoso e população trabalhadora e criativa, o Brasil agora parte para ter agora um, digamos, “poder de persuasão” como dizem os militares. O reequipamento das Forças Armadas não vai deixar dúvidas sobre quem é a bola da vez no cenário regional e internacional. Ao menos tudo leva a crer que caminhamos nesta direção.

Entretanto (olha aí aquela expressãozinha safada de novo) ... ainda padecemos da falta de orgulho próprio. O jornalista, dramaturgo, escritor e cronista esportivo Nelson Rodrigues já se referia a isto, criando a expressão “complexo de vira-latas”. E assim o definia: “Por 'complexo de vira-latas' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”.

O brasileiro até a década de 1950 achava-se inferior ao resto do mundo. Ainda tínhamos uma baixa estima, própria dos países colonizados do passado. Com a conquista da Copa do Mundo de Futebol em 1958 o próprio Nelson decretava o fim do “complexo de vira-latas”. A partir de então, nos transformávamos em gigantes e o mundo se ajoelharia a nossos pés. No futebol, pelo menos. Mas já era um começo.

Naquela época era necessário lutar contra o subdesenvolvimento (expressão utilizada ao largo das décadas de 50, 60, 70, 80 e até o início dos anos 90 do século passado) e gerar um status próprio das nações desenvolvidas (mais tarde chamadas de industrializadas, de Primeiro Mundo etc) ou, mais adequadamente, das nações em desenvolvimento.

Ao mesmo momento em que o país começa a se industrializar (entenda-se o período do pós-guerra, porque antes éramos apenas um grande latifúndio muito pouco produtivo, com ´políticas´ agrícolas de monocultura), surgem fortes movimentações sociais. Findo o período das imigrações (segunda metade do século XIX e início do XX), iniciam-se os fluxos migratórios no Brasil. A região Nordeste e o estado de Minas são campeões disparados na exportação de sua gente para centros mais desenvolvidos, em busca de oportunidades e melhores condições de vida.

Os governos sucessivos, preocupados sabe-se-lá com o quê que não propriamente com as necessidades mais prementes de sua gente, foram fazendo vistas grossas às crescentes demandas sociais.

O empobrecimento das populações campesinas do interior de São Paulo, Paraná, Minas, os intocáveis latifúndios das Capitanias Hereditárias do Nordeste e outros fatores associados levaram ao deslocamento de verdadeiras massas humanas para os grandes centros (Rio de Janeiro e São Paulo, em especial).

Com a falta de planejamento e políticas públicas, foram criados verdadeiros amontoados humanos. A pobreza criava palafitas em regiões ribeirinhas e nas cidades a favela. O tempo passou, passou, passou e... nada se fez para se debelar essas submoradias e oferecer uma condição digna para o povo que, como um todo (e não apenas na favela), passou a crescer em progressão geométrica, a partir dos anos 1950.

Com o tempo, favelas foram sendo ocupadas não apenas por trabalhadores com renda ínfima, ou condição social precária. A ausência do estado gerou, previsivelmente, o temível poder paralelo. E deu no que deu.

Hoje favela é chamada de “comunidade” e seus moradores não são necessariamente 100% carentes de renda mínima. Há verdadeiros QGs de tudo o que não presta, amalgamando-se à população de alguns brasileiros trabalhadores e decentes.

E os sucessivos governos o que fazem ? O que mesmo ? Ao invés de acabarem com as favelas -- hoje organizadas ou subordinadas a certas “facções pouco ortodoxas” à luz da lei -- , intervindo fortemente na reorganização social de populações marginalizadas e extinguindo o crime organizado, faz o que mesmo ? Resposta: ajuda a glamourizar a favela.

Peço licença para o neologismo “glamourizar” -- derivado da expressão inglesa “glamor”, aportuguesada como glamour que o dicionário Michaelis define como ENCANTO, FASCÍNIO, CHARME – e reitero: mais que o governo, importantes segmentos da sociedade civil aplaudem esse processo de glamourização das favelas.

Como jornalista que sou, consciente de minhas funções e responsabilidades sociais, sempre lutei por um país socialmente justo e democrático. E democracia só se legitima através de um processo sério de cidadania, de liberdades e de igualdade de oportunidades. Socializar a miséria não é igualdade. Glamourizar a pobreza não é lição de cidadania.

O povo dos morros merece dignidade, tanto quanto os moradores de Ipanema, do Leblon e da Barra. Moradores de Itaquera, Guaianazes e Vila Brasilândia merecem acesso à educação, moradia e lazer tanto quanto os do Morumbi, Itaim e Moema.

Glamourizar as favelas, eximindo-se governos de culpa e adiando ad aeternum a sua extinção, é um erro. É relegar as populações atuais, e seus descendentes, a condições paralelas de vida. O Brasil deveria ter vergonha disso. Vergonha de ter tanta riqueza natural e um dos maiores territórios do mundo, enquanto parte de sua população se amontoa em submoradias. Governos, ONGs e cidadãos de brasileiros deveriam sentir-se enrubecidos com a miséria e a desorganização social e não estimular clips, chamar os holofotes e fazer festa com artistas de renome internacional em suas escadarias e vielas mal ajambradas.

Eu não consigo me convencer que glamourizar favelas seja uma atitude sustentável. Do mesmo jeito que não consigo conceber um Brasil sendo a terceira potência econômica mundial, no futuro breve, com parte de seu povo dando “tchauzinho” para televisões norte-americanas e européias da janela de uma barraco de madeira pendurado na encosta do morro.

E tenho dito.

A companheirada vai bem, obrigado

Anualmente o gasto do governo federal com pessoal tem crescido 19%.

No total das contas, são arrecadados o equivalente a 36% do PIB e o governo gasta 38%. Até quando vai rolar isso ? Eleições vem aí !!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Entre bêbados e prostitutas

Desde que a história do homem começou a ser escrita, existe a figura da prostituta.

Vc pode pegar qualquer escrito, de qualquer época, e vai encontrar aquelas personagens que hoje ainda alguns chamam de representantes da “profissão mais antiga do mundo”.

Ora, se a profissão é a mais antiga do mundo ... e eu aqui que nem cheguei aos 100 anos ainda... não tenho sequer o direito de contestar o ofício. Ao contrário, acho que cada um pratica o ofício que melhor lhe aprouver. Só me reservo o direito de não votar em uma dessas senhoras, muitas vezes simpáticas, inteligentes, modelos, atrizes, jornalistas (?) etc etc etc... porque não me representariam fielmente. Sou meio careta nesse papo de representatividade.

Assim como abomino os amigos da “branquinha” também. Não bebo por opção. Logo, não me veria representado por um cachaceiro. Nada contra se “o” figura, ou “a” figura, beber com o próprio dinheiro e não vomitar em cima das pessoas. Se ficar quietinho no seu canto, o problema será apenas dele (a).

Agora... alguém que você sabe que tem um histórico alcoólico, e que já cansou de dar vexame em público, tem o direito de continuar vomitando em cima das pessoas ? Palavras escatológicas, a pretexto de “definir melhor a mensagem” não é a forma mais adequada de comunicação. Tratar o povo como seres viventes em meio ao estrume não é o que recomenda a cartilha. Educação e polidez todos devem ter. Diploma é circunstancial.

Da próxima vez que vc for votar, veja se a sua decisão vai, efetivamente, “tirar o povo da merda”, como foi dito hoje (10 de dezembro) aos “descamisados” (alguém lembra dessa expressão ?) do Maranhão, aquele estado que tem o pior IDH do país e que é governado por uma família há cinqüenta anos, a quem o Sr. Lula da Silva rende homenagens. Dependendo do que vc fizer nas urnas... estará sim “colocando o povo” nela. Fique esperto (a) !

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dá-lhe Patrícia !

Patrícia Amorim, ex-nadadora campeã pelo clube, é a nova presidente do Flamengo.

Taí o poder da mulher, consolidado à frente do clube de maior torcida do país (são 35 milhões de torcedores, estimados, contra 30 milhões do Corinthians). Genial ! Por ser uma ex-atleta vinculada ao clube e também por ser este um desafio extraordinário.

Que o Flamengo não vai bem das pernas isso já faz teeeeeeeeeempoooooooo ... Mas quem sabe a moça de doce aparência não dê um "choque de gestão" pelos lados da Gávea mostrando aos barbados como é que se administra uma organização.

Dá-lhe Patrícia !