quinta-feira, 23 de julho de 2009

A vez do boleiros

Houve época em que jogador de futebol era amador. Pedreiros de ofício, alguns ajudaram a construir a "Fazendinha", na primeira metade do Século XX, pra quem não sabe. O mundo mudou -- muda sempre, aliás -- e com ele o futebol. Logo o jogador se profissionalizou. E passou a ganhar dinheiro. A maioria pouco, e os iluminados muito. Esta última relação se mantém. Mas muita coisa já mudou.

Jogador no passado amava o time e ficava nele às vezes uma carreira inteirinha. Hoje raramente os talentos ficam mais de um ano no mesmo clube. Agenciados, são induzidos a ganhar dinheiro rápido (para os seus agentes, sobretudo) e por isso mesmo trocam de camisa como se troca de ... bem, deixa pra lá.

O fato é que o jogador de hoje "tem coceira" de sair pra lá e pra cá o tempo todo. O seu agente também. Mas vejam o caso Nilmar, centroavante do Internacional: garoto bom de bola quando passou pelo Corinthians, fazendo excelente dupla de ataque com Tevez. Hoje, no entanto, seu futebol tá ficando pequeninho, igual a tantos outros camisas 9 por este Brasilzão afora.

A "coceira" agora é do Inter, de vendê-lo para fazer um caixa rápido. Deve ir para a Europa; Alemanha provavelmente. Mas... quem quer ficar agora é ele. Pasme. Como a grana ainda miúda no Velho Continente e os salários colorados estão graúdos, ele prefere ficar. O motivo continua o me$mo, mas de$ta vez a deci$ão é do boleiro, não do cartola.

Um comentário:

  1. Buenas... quando eu comentei ainda o Nilmar resistia "bravamente". Alguma coisa mexeu rápido demais com aquela convicção toda. A ele, BOA SORTE !

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