quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Com o mico na mão

Perguntados a respeito do inusitado, o presidente Lula e o ministro Celso Amorim se disseram "surpresos" com a estada de Manuel Zelaya na Embaixada Brasileira, em Tegucigalpa. Eles não sabiam de nada !

Ouvido pela Rádio Jovem Pan, Zelaya disse, AO VIVO, em entrevista ao repórter Wellington Mesquita, que a sua chegada-surpresa foi "uma orquestração internacional" e que o presidente Lula foi consultado antes. Alguém mente nessa história.

O governo golpista, que o Brasil não reconhece, quer a cabeça do presidente apeado do poder. O Brasil, agora, não sabe o que fazer com Zelaya e quer fazer uma grande frente de resistência, a partir da casinha ocupada pela Embaixada e cercada pela política local. O governo local não aceita dialogar sobre a volta do presidente, que foi tirado de pijama da sua casa pelo exército.

O colega de Lula, Hugo Chávez, faz uma grande marola com essa história, mas não abrigou Zelaya em sua casa. Esperto, o general Chávez ajudou a encaminhá-lo para o território brasileiro em Honduras, a Embaixada do Brasil. Assim fica bem na foto, com seus eleitores e admiradores, mas não tem o incômodo da presença

Já o Brasil, fica com o hóspede que foi deposto e retirado do seu próprio país e voltou na calada da noite, e tem maiores dificuldades em assumir o papel de líder na negociação política. A diplomacia brasileira já foi melhor.

Estamos com o mico na mão.

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